MISSÃO FRANÇA JARDIN DES TUILERIES
Jardin des Tuileries é um parque parisiense que cobre cerca de 63 acres situado á margem direita do Rio Sena, entre a Place de La Concórdia e do Arc du Carrocel. Foi criado no Século XVI no estilo italiano por ordem de Catarina de Médicis para decorar o entorno do Palais desTuileries.
O Palais des Tuleries também foi construido sob o impulso de Catarina de Médicis a partir de 1564 num local ocupado anteriormente por uma fábrica de telhas (tuiles). Foi aumentado e modificado em reinados sucessivos, dispondo de uma imensa fachada com 266 metros de comprimento e varias galerias e anexos. Foi residência real de numerosos soberanos como Henrique IV, Luís XIV e ainda Luís XVIII. Na época da revolução francesa iniciada em 1789 o Castelo abrigou Luiz XVI e Maria Antonieta antes de serem enviados para a guilhotina. Mais tarde seria residência Imperial de Napoleão III e posteriormente destruido por um incêndio em maio de 1871. Por fim suas ruínas foram abatidas em 1882 deixando pouquíssimos vestigios de sua existência.
Atualmente, após as reformas Hausmanianas de Paris seus espaçosos jardins prolongam a perspectiva através de piscinas que se reflectem uma na outra numa vista contínua, ao longo de um eixo central, a partir da fachada Oeste, o qual é estendido pelo Axe historique (Eixo histórico), portanto dos jardins é oferecido uma esplêndida perspectiva dos Champs-Élysées, do Arco do Triunfo e do Grande Arco do La Défense
O Jardim das Tuilherias de hoje ocupa um espaço que foi palco de muita história e “reformas, muita festa, lutas e muito sangue derramado. Ali, aconteceu mais um momento do Dança na Mochila -Missão França.
Era o primeiro domingo de novembro mas não era a primeira vez que eu passava pelos domínios do Jardin des Tuillerie que sempre proporciona um passeio agradável tanto pela beleza arquitetonica do lugar como pela localização tão central. O eixo histórico é uma atração ímpar e como é um lugar muito irrigado por Metrôs, ônibus e muito automóvel é sempre muito movimentado. Assim, naquele domingo ao passear pelo jardim pela enésima vez, me senti impelida a levantar mais um altar de adoração em dança, mas onde diante daquela imensidão?
Estava frio e o inverno já manifestava seus primeiros sinais. Apesar do sol, o frio e o vento nos fazia arrepiar por dentro do agasalho mas ao caminhar entre algumas cadeiras do lado direito do parque, perto da saída para a Praça da Concórdia não tive dúvidas: tirei meu tecido vermelho e dancei.
A Dança na Mochila aconteceu como num estalo. Minhas filhinhas de sete anos filmaram simultaneamente a performance. Ivy filmou em preto e branco com minha máquina de fotografar enquanto Iasmin com meu celular filmou em cores ao som de suas próprias vozes, do vento e das poucas pessoas que estavam ali por perto. Nas imagens também estão registradas a sombra de minhas filhas projetadas em mim e no tecido o que torna o vídeo ainda mais rico e interessante para mim.
Foi tão rápido, mas posso me lembrar da sensação que tive de muito “peso” e tristeza naquela ocasião enquanto me movimentava e sentava na cadeira que usei durante a dança.
Como a máquina da Ivy acabou a bateria durante a filmagem, optei por iniciar a edição do vídeo em preto e branco finalizando com a cópia colorida porque nesta a performance estava gravada na íntegra. Curiosamente as filmagens trazem na côr da película as cores históricas que mais marcaram aquele lugar: o cinza das “cinzas” e da poeira e o vermelho do sangue derramado e do fogo consumidor.
Ainda em andanças…
Isabel Coimbra
![Jardins_des_Tuileries[1]](https://dancanamochila.com/wp-content/uploads/2013/02/jardins_des_tuileries1.jpg?w=300&h=300)
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