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PLACE DE LA CONCORDE

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La Place de la Concorde situa-se ao pé da Avenida  Champs-Élysées no VIII arrondissements em Paris.  É considerada a maior praça da cidade e a segunda maior praça da França. É uma das mais famosas e palco de importantes acontecimentos da história francesa.

Esta praça nasceu de uma idéia em 1748 de erigir uma estátua equestre do Rei Luis XV para festejar o seu restabelecimento uma doença que o havia acometido. Após um concurso lançado para encontrar o melhor local para essa homenagem, uma esplanada simples na época, de terra batida ao final do Jardim das Tuillerias, foi o lugar escolhido.

Em 1753, um concurso foi aberto para o planejamento da esplanada. Em 1755 o projeto aprovado foi iniciado por Edmé Bouchardon e finalizada por Jean-Baptiste Pigalle. A estátua equestre de Luís XV foi inaugurada em 20 de junho de 1763, quinze anos após a ideia original. Ela foi colocada ao centro da esplanada, com a face voltada para o leste.

Em 30 de maio de 1770, a praça foi palco de um acontecimento dramático: no momento em que um espetáculo de fogos de artifício acontecia, em honra do casamento do delfim, futuro Luis XVI ,com a arquiduquesa Maria Antonieta da Áustria, 133 pessoas foram mortas pisoteadas e sufocadas quando o pânico tomou conta da praça, provocado por um incêndio desencadeado pela queda de um foguete.

As obras são finalizadas em 1772 e a Praça Luís XV tornou-se um intervalo arquitetônico entre as fundações do Palácio das Tulherias e as folhagens verdes da Avenida Champs-Élysées. A praça se torna um local de passagem obrigatória dos cortejos, sejam improvisados, sejam ritualizados pelo protocolo das festas.

Em 6 de outubro de 1789 a família real trazida Versailles pelo povo faz sua entrada no Palácio das Tulherias atravessando a Praça Luís XV. Em 11 de agosto de 1792 já com o rei deposto, a estátua de Luís XV é arremessada de seu pedestal. A praça é então rebatizada Praça da Revolução. A praça torna-se então o grande teatro sanguinário da Revolução, com a instalação da  Guilhotina que é instalada provisoriamente, em outubro de 1792 para a execução de ladrões de jóias da Coroa no Guarde-Meuble. Ela reaparece em 21 de janeiro de 1793 para a execução de Luis XVI a meia distância da base da estátua derrubada de Luís XV e da entrada dos Champs-Élysées. Das 2.498 pessoas guilhotinadas em Paris durante a Revolução, 1.119 o são na Praça da Revolução. Entre elas, ficaram gravados os nomes de Maria Antonieta, Antoine Lavoisier, Maximilian Robespierre.

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Em agosto de 1793 a estátua de Luís XV é substituída por uma efígie de gesso representando a Liberdade coberta por um barrete vermelho e tendo uma enxada na mão direita.  Com o fim do Terror em 1795 o governo decide rebatizar a praça como Praça da Concórdia.

Em 1826, como Luis XVIII no poder, este imagina erigir no centro da praça um monumento em memória de seu irmão Luís XVI, guilhotinado pela revolução, que o homenageia rebatizando-a  como a Praça Luís XVI (a inscrição ainda é visível no ângulo da rue Boissy d”Anglas). Mas a estátua projetada jamais foi erguida, interrompida pela Revolução de julho de 1830 o nome da praça volta se ser  La Concorde.

Em 1831, o vice-rei do Egito Méhémet Ali oferece à França os dois obeliscos que marcaram a entrada do palácio de Ramsés II em Tebas, atual Luxor. O primeiro obelisco chegou a Paris em 21 de dezembro de 1833 e Luis Felipe I decide erigi-lo na Praça da Concórdia (dizem que sua intenção era esquecer os acontecimentos do terror). A operação se realiza em 25 de outubro de 1836 na presença e diante do aplauso de mais de 200.000 pessoas.

Entre 1836 e 1846 em seu projeto é acrescentado duas fontes monumentais – a Fontaine des Mers (Fonte dos Mares) e a Fontaine des Fleuves (Fonte dos Rios) – de um lado e outro do obelisco e circunda a praça por lampadários e colunas rostais.

Hoje localizada no eixo histórico é um dos lugares mais visitados da França.

Neste lugar palco de tanta história e sangue derramado também foi palco para mais uma Dança na Mochila.

Era uma manha fria de domingo, inicio da primavera e estávamos em um passeio despedida de nossos amigos Ricardo e Gláucia que voltariam naquele dia para o Brasil. Descemos do mêtro na estação La Concorde e começamos a caminhar em direção ao jardim das Tuilherias. Fomos até o Arco do Triunfo do Carrocel onde também dancei. De lá ao caminharmos de volta pelo jardim fui atraída pela idéia do eixo histórico enquanto visualizava o obelisco.

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Ao chegar na praça dancei, me lembrando do significado histórico da mesma. Do desejo de liberdade do povo e da sede por “concordância”. Lembrei-me também do sentido da “Sagração da Primavera” marcado por um sangue derramado em prol da vida de um grupo.  E pensei em Jesus que também derramou seu sangue em prol da liberdade de todos.

Dancei e sentia como se o tecido vermelho que me envolvia também tingia a atmosfera, o espaço e o tempo, fundindo toda a história, verticalizando tudo em um único ponto: o preço já foi pago para que a liberdade e a vida se configurem de fato.

Não numa guilhotina, mas numa cruz!

Jesús-en-la-cruzA filmagem foi feita pela Glaucia Freire e a trilha sonora as vozes, o vento e os reuidos dos carros.

Em andanças..

Isabel Coimbra

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